A “síndrome do impacto do ombro” é uma condição gerada pelo atrito entre as estruturas ósseas e tecidos moles (tendões do ombro) e com a bursa.
A Bursa é uma estrutura anatômica que fica entre a articulação glenoumeral e acromioclavicular.
Tem a função de permitir que o tendão deslize sob o osso e de proteger esses tendões. É ela que geralmente provoca a dor quando está “inflamada”, sendo conhecida como “bursite do ombro”, o que ocorre também quando esses tendões estão machucados (tendinite).
A inflamação ocorre por conta do impacto da cabeça do úmero (daí o nome “síndrome do impacto”) sobre o tendão e a bursa, ao realizar movimentos acima da cabeça (overhead). Isso ocorre devido a fraqueza ou falta de ativação da musculatura do manguito, não fazendo assim a devida estabilização do movimento. O que impediria esse impacto.
O sintoma mais comum é a dor anterior no ombro e lateral do braço (por onde se passa e se insere o tendão do manguito), súbita em alguns movimentos e muitas vezes, se manifestando com mais intensidade à noite.
O tratamento fisioterapêutico se dá em primeiro momento através de condutas analgésicas e antiinflamatórias (gelo, laser, liberação miofascial, TNS). O gelo é um importante controlador da inflamação impedindo que a mesma piore, reduzindo a atividade metabólica da região. O laser potencializa a regeneração do tecido, fazendo um maior aporte das células na região. Já a liberação miofascial trás o alívio dos pontos de tensão no manguito, reduzindo a pressão do tendão e muitas vezes trazendo alívio imediato. Por fim o TNS (famoso choquinho), faz o trabalho puramente analgésico liberando endorfinas na região e trazendo sensação de alívio.
A última etapa do tratamento fica por sua vez ligada aos exercícios de ativação e fortalecimento do manguito para a melhora da estabilidade da cabeça umeral durante os movimentos de “overhead”.